Neste sábado, dia 19 de setembro, três municípios baianos comemoram suas emancipações políticas. São as cidades de Euclides da Cunha (82 anos), Ribeira do Pombal (82 anos) e Ibipeba (54 anos). A cidade de Euclides da Cunha tem ligação direta com o episódio de Canudos. Durante a guerra de Canudos a cidade ainda se chamava Cumbe. Hoje, leva o nome do famoso jornalista-escritor que imortalizou a saga de Antônio Conselheiro, através do clássico Os Sertões, e apresenta características diferentes da antiga fazenda Cumbe. Euclides da Cunha possui um comércio movimentado e é grande produtor de feijão e milho, sem contar a pecuária, baseada na criação de caprinos, e o plantio da mandioca. Alguns pontos da cidade ainda lembram a guerra de Canudos, como a casa onde se hospedou o major Moreira César, na praça da Bandeira, um painel de azulejos, na praça Duque de Caxias, que retrata a guerra de Canudos e o acervo do escritor e poeta José Aras, que ocupa uma sala do Educandário Oliveira Brito. Fazem parte do acervo, livros incluindo poesias de cordel. Tem ainda as oficinas de couro, madeira e cerâmica que funcionam nas casas dos próprios artesãos.
Outra aniversariante é a cidade de Ribeira do Pombal. O nome Vila de Pombal, foi dado em homenagem ao pároco João Cerqueira Pombal, por residir na aldeia na época. A mesma lei que criou a vila estabeleceu o município de Pombal. Em 1931 o município foi extinto, sendo seu território anexado a Cipó. Em 19 de setembro de 1933, a emancipação do município com território desmembrado do de Cipó. Em 31 de dezembro de 1943, por força do Decreto-Lei nº 12.978 de primeiro de junho de 1944, o município passou a se chamar Ribeira do Pombal. As festas populares são: micareta, vaquejada, festa de Santa Tereza, padroeira local, reverenciada pelos católicos com novena, missas e procissão de 06 a 15 de outubro. Simultaneamente à festa da padroeira ocorrem apresentações artísticas, shows, no Complexo Esportivo Ferreira Brito e vaquejada no Parque Segismundo Macedo. O maior patrimônio histórico da cidade é a Igreja Matriz de Santa Tereza de Jesus (santa padroeira da localidade), construída pelos jesuítas Jacob Rolando e João de Barros.
Para encerrar os aniversariantes do dia temos o município de Ibipeba. O início foi na Fazenda do Tapera, localizada entre Lagoa Grande e Lagoa do Bode. Os desbravadores acabaram por descobrir uma lagoa coberta por capim conhecido pelo nome de Capim Tiririca. Essas terras pertenciam então a Xique-Xique e, aos poucos, começaram a ser colonizadas e passou a ser chamada Tiririca do Assuruá. O nome foi mudado para Ibipeba, onde já era governada por Santo Inácio e Gentio do Ouro. Ibipeba é uma palavra do Tupi que significa: yby (terra) mais peba (baixa): planície. Sendo chamada inicialmente de Lagoa do Tiririca, por referência ao tipo de capim encontrado na lagoa, onde hoje se encontra a sede do município. Acabou sendo conhecida mais tarde pelo nome de Tiririca do Bode devido a sua proximidade com a Lagoa do Bode, já conhecida pelas pessoas de regiões próximas. O município de Ibipeba está situado na Chapada Diamantina.
Fonte: UPB
Nenhum comentário:
Postar um comentário